sexta-feira, 2 de novembro de 2007

GLS MIX BRASIL & FRENCH FILM FESTIVALS NOV/DEZ '07

GLS MIX RIO Rio de Janeiro: NOV 29 - DEZ 06.





QUINTA Mundo Mix-Asia

**Spider Lilies / Ci-Qing (Zero Chou, 2007, Taiwan, 94’) Grande vencedor do prêmio Teddy de melhor ficção no festival de Berlim de 2007.

Takeko, que também tem descendência japonesa e atende pelo apelido Bamboo, possui um salão de tatuagem em Taipei, lugar que é freqüentado pela bela jovem Jade. Esta quer fazer uma tatuagem na forma de uma flor (spider-lily), exatamente como há na parede do salão e no braço de Takeko, que fica reticente em atender seu desejo. Navegando na website da jovem, Takeko descobre que Jade é uma cybersex girl. Mas Bamboo demora a perceber que, na verdade, as duas se conhecem há dez anos, quando Jade, aos 9, já sentira forte atração por ela.
Assumidamente homossexual, o cineasta Zero Chou trabalha aqui pela primeira vez com atores consagrados. Takeko é interpretada pela estonteante Isabella Leong, que nasceu em Macau, enquanto Jade é personificada pela cantora e apresentadora de TV Rainie Yang. Misturando inocência e saliente sexualidade, Chou destaca em especial as cenas de flashback no campo. De resto, Jade avança em seus jogos provocantes na web, Takeko luta contra um forte sentimento de culpa, e há ainda na trama um tímido investigador no encalço de Jade. O título original significa também tatuagem.

Onde CINE PALÁCIO - 29/11 (Quinta) 21h

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Especial Direitos Humanos **Estrelas da Estrada de Ferro/Estrellas de la Línea /Railroad All-Stars (Chema Rodríguez, 2005, Espanha, 90’).


Em 2004, prostitutas da Cidade da Guatemala, que atuam na violenta área de La Línea, ganham pouco em cada programa e trabalham sem qualquer direito. Algumas delas, incluindo lésbicas e Transexuais, decidem formar um time de futebol para experimentar a idéia de união e clamar pelos direitos da mulher. Quando os organizadores da liga em que ingressaram descobrem suas verdadeiras ocupações, o time é expulso, o que gera um verdadeiro frenesi na mídia local. Escrito e dirigido pelo documentarista Chema Rodríguez, que na construção do longa não nega o passado de jornalista. O filme conquistou uma menção especial no Festival de Cinema Espanhol de Málaga e o prêmio Sebastian no festival de San Sebastián, ambos em 2006. Onde CAIXA CULTURAL 29/11 (Quinta) 17:00

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SEXTA **Viva (Anna Biller, 2006, EUA, 120’) O ano é 1972, e a heroína dessa história, Viva (a própria diretora e roteirista Anna Biller), é uma dona de casa entediada, do subúrbio de Los Angeles, que descobre a revolução sexual.


Na busca por amor e aventura, ela aprende rapidamente tudo a respeito de colônias de nudismo, a cena hippie, orgias, posar de modelo, bissexualidade, drogas, sadismo, prostituição e boemia. O filme faz uma detalhada reconstituição da atmosfera lúrida que marcou o advento da era Playboy, quando a publicação de Hugh Hefner repaginou o comportamento da classe média. Mas também explora a situação da mulher nesse contexto, tratando de sua sexualidade e busca por satisfação. Figurino e cenografia entregam-se ao multicolorido em tons quentes e estética ultra-camp, com espaço até para números musicais. Arrebatou o prêmio Bunny de melhor filme no Boston Underground Film Festival, em 2007. Onde RIO DE JANEIRO CAIXA CULTURAL 01/12 (Sexta) – 17:00.


Retrô-Erótico: **"Almôndega de Bofes" (All Male Mash Up by William E. Jones, US '06, 29’).
Este novo trabalho do fotógrafo e cineasta William E. Jones, uma vídeo-instalação, inspira-se em sua carreira paralela na indústria gay de entretenimento. Como reflexo de ter visto centenas de horas de filmes pornô, ele desenvolveu especial fascinação pelas obras marginais: tomadas que mostram paisagens urbanas que revelam épocas, cenas com diálogos irresistivelmente ineptas e close-ups de astros, muitos já mortos. É uma coletânea de cenas-chave de diversos pornôs vintage, material que pode ser visto como um registro de valor inestimável sobre um mundo perdido de erotismo e sociabilidade.


É Sodoma e Gomorra na São Francisco dos anos 70. Onde RIO - CINE GLÓRIA (Sexta) 19h.


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SÁBADO **Bollywood Transsex/Shabnam Mousi (Yogesh Bhardwaj 2005 Índia 150’)
Inspirado num fato real, mas com fortes pinceladas ficcionais e melodramáticas, o personagem central, que dá nome ao título original, é um hijra (eunuco), cuja vida é acompanhada do nascimento até o sucesso marginal como um candidato reformista na política. Há um tempo reverenciados como místicos andróginos do “terceiro sexo”, os hijras continuam por superstição sendo convidados para abençoar recém-nascidos e casamentos, mesmo na Índia moderna. Mas seu status degradou-se em meio à moral cada vez mais ocidentalizada que toma o país. Shabnam foi privado da convivência de seus abastados pais quando hijras que vieram para abençoá-lo ainda bebê descobriram que também ele era hermafrodita.

Quando adulto, Shabnam é injustamente acusado pelo assassinato de sua amada mãe, Halima, que foi acidentalmente morta pelo insidioso líder do clã de eunucos. Ele foge e vai parar numa pequena vila, onde salva uma jovem de estupradores. Esse ato heróico antecede a campanha de Shabnam contra um político do mal. Com os típicos números de canto e dança que caracterizam Bollywood, o filme começa como um chamado por tolerância e se transforma num protesto contra todo tipo de corrupção.
Onde RIO - CAIXA CULTURAL 01/12 (Sábado) 17h.

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DOMINGO **A de Amor/Four Letter Word (Casper Andreas 2007 EUA, 85’).


Entre party boys, viciados em sexo, monógamos e ativistas da causa gay, Manhattan é mais uma vez cenário para uma comédia romântica e muito sexy sobre a difícil arte de encontrar o amor num parceiro desejável. Luke sai quase todas as noites à caça de um homem para a noite. Ele não sabe que dessa vez, ao entrar no bar, ele conhecerá o bofe da sua vida, Stephen. Mas a relação entre eles demora a engrenar: Luke dá bandeira, e Stephen se mostra incomodado. À volta desse casal reticente, personagens em busca de sua verdade.

O ator/garçom Peter muda-se para a casa de seu companheiro Derek; sua chefe Marilyn, dona do restaurante, lida com um casamento iminente e visitas regulares aos Alcoólatras Anônimos; e Zeke, que trabalha com Luke numa sex shop, faz da militância gay e da defesa da monogamia estandartes absolutos. Luke cogita pela primeira vez ser fiel a alguém. E então descobre que Stephen é michê. Luke é interpretado pelo ator e co-roteirista Jesse Archer, que foi esperto o bastante para escrver boas cenas de seu personagem com o machão interpretado por Charlie David. Onde RIO DE JANEIRO CINE PALÁCIO - 02/12 (Domingo) 21h


**Partilha do Amor/Berbagi suami/Love For Share (Nia Di Nata, 2006, Indonésia, 120’).

Três mulheres de classes sociais e etnias diferentes lidam com a mesma questão: a poligamia. Elas enfrentam situações semelhantes, em que precisam dividir sua vida doméstica e o amor de um único homem com diversas outras mulheres. Salma é ginecologista e sempre questionou a moral por trás da poligamia, desejando secretamente que isso não acontecesse em seu casamento. Mas como muçulmana devota, ela aceitou seu destino.


Siti nasceu numa pequena aldeia javanesa e tinha sonhos de melhorar de vida na metropolitana Jacarta. Seus sonhos se estraçalham quando percebe que viver num cortiço da cidade, na casa polígama de seu próprio tio, não a levaria a lugar algum. Ming é garçonete num famoso estabelecimento de Jacarta, e sua juventude e beleza de traços sino-indonésios chamam a atenção. E ela está disposta a tudo para alcançar o estrelato, até mesmo virar uma amante secreta. Foi considerado o melhor filme de ficção no Hawaii International Film Festival de 2006.
Onde RIO DE JANEIRO CAIXA CULTURAL 1 - 02/12 (Domingo) 17h

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SEGUNDA Retrô-Erótico
"V.O." (William E. Jones, 2006, EUA, 59’) Numa variação do que os DJs chamam de “mash-up”, o diretor William E. Jones combina trechos de som de clássicos de língua estrangeira com cenas de filmes pornô gay anteriores a 1985, fazendo escolhas de justaposição baseado na duração, e não no conteúdo.

A combinação aparentemente arbitrária de trechos alcança resultados apropriados e surpreendentes. O longa cria um novo espaço narrativo e paga tributo a uma outra época de vida gay e de cinefilia, pré-Aids e cultura multiplex. As iniciais do título referem-se a “versão original”, filme exibido com som original e legendas, o que é o mais comum no Brasil, mas não nos Estados Unidos e nos países da Europa. O filme inclui diálogos em inglês, finlandês, francês, alemão, português e espanhol.
Onde ??

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TERÇA **Além do Ódio/Au dela de la Haine/Beyond Hatred (Olivier Meyrou, 2005, França, 85’). Esse documentário acompanha a família de François Chenu, homossexual assassinado em 2002 por três skinheads, no caminho ao perdão.

O cineasta Olivier Meyrou (de “Bye Bye Apartheid”) atinge intensa dramaticidade ao intercalar o depoimento dos pais e parentes de Chenu, dos familiares dos assassinos e dos advogados envolvidos no caso. Os atacantes nunca são mostrados, mas os três confessaram que estavam à procura de um árabe para judiar e, na falta, jogaram sua raiva contra François, que se assumiu gay, num parque na cidade de Rheims, França. O filme não se concentra no crime em si, mas no reflexo que este provocou em todas as pessoas envolvidas.

O filme conquistou o prêmio Teddy de melhor documentário no festival de Berlim de 2006. Onde RIO DE JANEIRO CAIXA CULTURAL - 04/12 (Terça) 17h.

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QUARTA Mundo Mix - Asia**O Desabrochar de Oliveros/Ang Pagdadalaga ni Maximo Oliveros/Blossoming of Maximo Oliveros(Auraeus Solito, 2005, Filipinas, 100’).
Este foi o candidato oficial das Filipinas ao Oscar de filme estrangeiro de 2006. Sente só a ousadia: é a história de um pré-adolescente de 12 anos que, vindo de uma família de marginais, apaixona-se perdidamente por um belo policial deManila. Maxi (reparem na impressionante atuação do garoto Nathan Lopez) é o caçula da viúva Paca. Assim como quase todos naquele cortiço, ela sobrevive na ilegalidade, fazendo apostas e vendendo celulares roubados.

Extremamente efeminado, Maxi acaba sendo aceito como uma garota em corpo masculino e abandona a escola para ser “esposa”, cozinhando e limpando para quem quiser. Ele se aproxima do policial novato e viril Victor, que passa a protegê-lo – a relaçãoplatônica entre ambos resvala no romantismo. Mas quando um de seus irmãos mata um estudante durante um roubo frustrado, Maxi vê-se dividido entre amor e família.

O cineasta então estreante Auraeus Solito é fiel à estética neo-realista. Um dos mais premiados filmes GLBT dos últimos anos, conquistou, entre outros: o prêmio Teddy de melhor ficção, a menção especial Urso de Vidro e o Grande Prêmio “Instrumento de Ajuda à Criança” no festival de Berlim de 2006; melhor ficção no Festival Internacional de Cinema Gay & Lésbico de Turim (Itália); melhor primeiro filme no Montréal Film World Festival; prêmio Netpac no festival de Rotterdam; e o troféu Swarowski de melhor filme no Asian First Film Festival. Onde RIO DE JANEIRO CAIXA CULTURAL 05/12 (Quarta) – 13h15.


QUARTA **Gêmeos: a inversão da semelhança/Red Without Blue (Brooke Sebold, Benita Sills, Todd Sills, 2007, EUA, 74’)

Em seu primeiro longa, Brooke Sebold elabora um retrato artístico sobre gênero, identidade e o elo entre gêmeos a despeito de qualquer transformação. Em 1983, nasceram os gêmeos idênticos Mark e Alexander Farley numa pequena cidade de Montana. Os primeiros anos de vida foram ideais para o álbum de família: pais atenciosos, férias perfeitas, um segundo lar à beira de um lago. Mas ao completarem 14 anos, os pais haviam se divorciado, os irmãos assumiram a homossexualidade e tentaram um suicídio conjunto, o que os deixou afastados um do outro por dois anos e meio. Hoje em dia, Mark estuda Artes em São Francisco e Alex vive em Nova York como mulher, de nome Clair.


Delicadas vinhetas, filmes caseiros de insuspeita beleza, fotos de família e cenas experimentais em super-8 comentam a mudança de gêmeos idênticos que agora não são mais tão idênticos assim. Através dos dois, o que se vê é a história da redenção de uma família, que abandona um passado negro e reaviva o presente. Benita, brasileira que morou a vida toda nos EUA, e Todd Sills são os pais de Sebold. O filme colecionou prêmios– entre eles, o prêmio do público nos festivais de Slamdance, Inside Out Toronto LGBT Film Festival e National Queer Arts FF, melhor direção no Silverlake FF e prêmio do júri de melhor documentário no S.Francisco LGBT FF e no Miami Gay & Lesbian FF. Onde RIO-CINE PALÁCIO - 05/12 (Quarta) 19h.


**Poderoso Chefão da Discoteca / The Godfather of Disco(Gene Graham, 2007, EUA, 90’). O nome dele é pouco conhecido ou menos ainda lembrado, mas se não fosse por Mel Cheren, muito da disco music que se herdou dos anos 70 seria diferente.


Assim como o ativismo gay. Mel Cheren é pioneiro, ativista e sobrevivente. Partindo de sua autobiografia, “My Life and the Paradise Garage: Keep on Dancin’”, o documentário resgata a memória de uma figura ímpar e, a partir de sua carreira, traça os primórdios da cultura disco, a contribuição da gravadora West End Records a essa cena, a ascensão da discoteca Paradise Garage, e a resposta desprevenida à epidemia da Aids e seu efeito devastador sobre a comunidade gay e musical. Cheren, o homem por trás da gravadora e da discoteca, tornou-se exemplar lutador contra a Aids usando o poder da música, promovendo eventos como o 24 Hours for Life/LifeBEAT.


Amarrando tudo isso, ouvem-se maravilhas da história da dance music. Entrevistando um who’s who da cena dance (Junior Vasquez, Louis Vega, Tony Humphries e Jellybean Benítez, entre outros), o filme revela os passos que antecederam o fenômeno global em que ela se tornou. Mel Cheren esteve lá, fez de tudo, sobreviveu pra contar e agora continua fazendo de tudo. Gene Graham conquistou o Prêmio de Cineasta Emergente no 25th Minneapolis/St. Paul International Film Festival. Onde RIO-CINE PALÁCIO 04/12 (Quarta) 21h

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QUINTA Panorama Internacional
**Como Ladrões / Comme des Voleurs / Stealth(Lionel Baier, 2006, Suíça, 112’).


Esta é a jornada de autodescoberta de Lionel. Ele é gay, suíço e locutor de rádio, tem um belo e atencioso namorado, pais compreensivos e uma irmã, Lucie, cujos humores dependem de sua gravidez. Ele descobre que seu bisavô paterno foi polonês, o que provoca uma total crise de identidade: Lionel passa a estudar a língua e a desejar os jogadores poloneses de futebol, mesmo sem nada entender do jogo, e acaba até se casando com Ewa, uma imigrante polonesa ilegal. Mas como sua tentativa de reclassificação cultural não dá certo, os irmãos decidem impulsivamente viajar até Varsóvia, deixando para trás uma vida desinteressante. Assim como no romance que está lendo, essa será para Lionel como que uma atribulada aventura ao Velho Oeste.


O diretor, co-roteirista e protagonista Lionel Baier parte de memórias pessoais para realizar o que considera uma “auto-ficção”, uma busca on the road que levou o Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Cinema de Mannheim-Heidelberg 2006, na Alemanha. Onde CAIXA CULTURAL 06/12 (Quinta) 17h.


**Mundo Maravilhoso das Drags /Drag: not just men in heels (Amir Jaffer, 2007, EUA, 85’) Um retrato íntimo e pessoal de alguns dos transformistas e drag queens mais famosos da cena de São Francisco.


Entre eles, Heklina, fundadora do clube Trannyshack, e Marlena, proprietária do Marlena’s Bar e ex-Imperatriz da Corte Imperial local, sem falar em Wood, uma banda de rock formada por drag kings. Exploram-se as diferentes facetas da cultura drag contemporânea nessa icônica cidade. Além de entreter com performances hilárias e surpreendentes, o documentário também derruba vários conceitos equivocados a respeito de uma das mais fascinantes subculturas da comunidade GLBT. Onde:com o curta 'Caminhada' RIO CAIXA CULTURAL 06/12 (Quinta) – 13h15.


Tributo Dzi Croquettes Retrô-Erótico
**Desbunde Total The Cockettes.
Billy Weber e David Weissman EUA 100’.
À medida que a São Francisco psicodélica dos anos 60 deu lugar à São Francisco gay dos anos 70, surgiu também um grupo de hippies (mulheres, gays e jovens) chamado The Coquettes, que revolucionou a cena com shows antológicos de canto e dança, sempre à meia-noite, no Palace Theater em North Beach. Travestidos de forma fulgurante, maquiados sob toneladas de glitter e concebendo espetáculos de nomes memoráveis (“Tinsel Tarts in a Hot Coma”; “Pearls in Shanghai”), os Coquettes instalaram deliberado caos, com performances anarquistas e sem qualquer definição de gênero sexual. Esse documentário resgata a importância libertária do grupo, relembrando inclusive suas incursões no cinema, como em “Tricia’s Wedding”, uma abusada brincadeira com o casamento real da filha de Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos.


Nele, Tricia foi interpretada por um travesti, e uma Eartha Kitt drag joga LSD no ponche, fazendo com que a festa termine em orgia. Elogiados por nomes como Truman Capote e John Waters, os Coquettes foram precursores de filmes como “The Rocky Horror Picture Show” e do glitter rock defendido por David Bowie e os New York Dolls. O filme ganhou menção de honra como melhor documentário no Festival de Cinema Gay e Lésbico de Nova York, em 2002.
Onde RIO DE JANEIRO CAIXA CULTURAL 2 - 06/12 (Quinta) – 17h15.


**Pink Narcissus (James Bidgood, 1964-1971, EUA, 70’). Por sete anos o fotógrafo de Nova York James Bidgood trabalhou nesse filme rodado em super-8 e 16mm, um poema erótico de visual insuspeito.


Seu pequeno apartamento de Manhattan transformou-se em set de filmagem, que ia se modificando com a inclusão de peças de extremo kitsch. Essa decoração over-camp de Bidgood lembra hoje o trabalho da dupla francesa Pierre & Giles. O michê Pink Narcissus está num quarto de hotel em Times Square à espera de seu próximo cliente. Enquanto isso, entrega-se a uma série de sonhos eróticos em que se vê uma vez participando de uma noite gay das Arábias, em outra posando como heróico toureiro ou ainda como um escravo romano.


Quando o filme estreou nos Estados Unidos em 1971, o nome de Bidgood sequer foi creditado. Foi anunciado como “feito por Anônimo”. Por anos o verdadeiro autor permaneceu desconhecido, apesar de o longa ter assumido caráter cult por sua erótica homo e artística extravagância. Bidgood só revelou a autoria nos anos 90, quando já esquecido e pobre. Afirmou que à época queimara o storyboard original e se afastara do filme quando não lhe permitiram o corte final. Correm lendas de que Andy Warhol ajudou na produção. Bobby Kendall é o pseudônimo que Bidgood deu ao seu namorado modelo, que com ele viveu durante boa parte da filmagem. Repare na presença não-creditada no filme do dramaturgo Charles Ludlam (1943-1987), em papéis diversos como um cego, um pizzaiolo e um dançarino hindu.


O filme ficou por anos em exibição em sessões cult em Paris, e o cineasta John Waters o apresentou em sua série “John Waters Presents Movies That Will Corrupt You”. Este é o único filme de Bidgood. Onde RIO CINE PALÁCIO - 06/12 (Quinta) 21h.

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6º Festival VARILUX de Cinema Francês no RIO

Sexta feira, 09/1115h, 19h, 21h - **A Noiva Perfeita(Prete-moi ta main)França 2007, 90 min, de Eric Lartigan. Com Alain Chabat, Charlotte Gainsbourg e Bernadette Lafont.


17h - **Ao lado da pianista (La torneuse de pages)França, 2005, 85 min, de Denis Dercourt. Com Catherine Frot, Pascal Greggory e Deborah François.


Sábado, 10/1115h, 19h - **A culpa é do Fidel

(La faute à Fidel) França, 2006 99 min, de Julie Gavras. Com Nina Kervel, Julie Depardieu e Stefano Accorsi.


17h, 21h - A Noiva Perfeita



Domingo, 11/1115h, 19h - **Em Paris

(Dans Paris) França, 2006, 92 min, Dir: Chistophe Honoré. Com Roman Duris, Louis Garrel e Joana Preiss.


17h, 21h - A culpa é do Fidel


Segunda feira, 12/1115h, 19h - Ao lado da pianista


17h, 21h - **A quase verdade(La vérité ou presque)França, 2006, 95 min.Dir: Sam Karmann. Com Karin Viard, André Dussolier e François Cluzet.


Terça feira, 13/1115h, 19h - A quase verdade

17h, 21h - **Lírios d’água(La naissance des pieuvres)França, 85 min.Dir: Céline Sciamma. Com Pauline Acquart, Louise Blanchère e Adèle Haenel.


Quarta feira, 14/21h - Em Paris Quinta feira, 15/1115h, 19h - Lírios d’água


Sexta feira, 9 A Quinta 15 de novembro:
**Mon Meilleur Ami França 2006 Duração: 94 minutos, de Patrice Leconte.
Elenco: Daniel Auteuil, Dany Boon, Julie Gayet, Julie Durand, Henri Garcin, Jacques Mathou, Marie Pillet, Élisabeth Bourgine, Audrey Marnay, Philippe Du Janerand e Fabienne Chaudat.


François é um comerciante de antigüidades completamente imerso em seu trabalho. No dia do seu aniversário, sua sócia, Catherine, candidamente lhe diz que ele não tem amigos. Os outros convidados de sua festa concordam. Apaixonado apenas por seus objetos, François não se relaciona emocionalmente com ninguém.


E para comprovar a teoria de seu extremo isolamento, o grupo propõe um desafio: ele deve arrumar um amigo de verdade em apenas 10 dias. Dirigido por de Patrice Leconte (O Marido da Cabeleireira ; Um Homem Meio Esquisito ; A Mulher e o Atirador de Facas ; Confissões Muito Íntimas), Meu Melhor Amigo (Mon Meilleur Ami) é estrelado por Daniel Auteuil, Dany Boon e Julie Gayet. Homepage Oficial: http://www.monmeilleurami-lefilm.com/
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ARjysxGUFV0.
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O BANHEIRO DO PAPA, eleito o melhor filme na Mostra de S.PAULO 2007

O longa-metragem O Banheiro do Papa, de Enrique Fernández e César Charlone, ganhou o prêmio de Melhor Filme do Júri da 31ª Mostra Internacional de Cinema São Paulo. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira no Memorial da América Latina.


O Banheiro do Papa é uma co-produção entre Brasil, Uruguai e França. Na trama, os habitantes de uma cidade uruguaia esperam aproveitar a visita do papa João Paulo 2º em 1988 para sair um pouco da pobreza.

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