terça-feira, 27 de setembro de 2011

RESUMO DO FESTIVAL DO RIO 2008


O Festival do Rio 2008


De 25 de setembro até nove de outubro de 2008, o Festival do Rio teve mais uma vez a missão de estender um vasto painel do cinema feito hoje no mundo, assim como voltar atenção para os grandes realizadores de todos os tempos. Ao todo, foram cerca de 350 filmes divididos em mais de 20 mostras, com produções de mais de 60 países exibidas em 30 salas espalhadas pela cidade. O público este ano foi de mais de 220 mil espectadores.

Mas não é só de números que é feito o maior festival de cinema da América Latina. O Festival foi palco também das rodadas de negócios para cinema, promovidas pela RioMarket, debates entre diretores e produtores e o público no Cine Encontro, espaço para experimentações de novas tendências, como foi o caso do Cine Móbile Nokia, especialmente preparado para promover produções feitas para celulares, além das exibições de filmes nacionais em lonas culturais com entrada gratuita.

Os Grandes Vencedores Nacionais
Os longas de José Eduardo Belmonte e do estreante Matheus Souza foram os grandes vencedores segundo o Júri Oficial do Festival do Rio e o Júri Popular, respectivamente. Na noite conduzida pelos mestres de cerimônia Leandra Leal e Murilo Rosa, a produção brasiliense Se nada mais der certo levou também o Troféu Redentor de melhor atriz para Caroline Abras, além do Prêmio dos Autores de melhor roteiro. Apenas o Fim, do diretor carioca de apenas 19 anos, recebeu ainda uma menção honrosa do Júri Oficial.

O melhor documentário segundo o Júri do festival foi Estrada real da cachaça, de Pedro Urano, enquanto o Júri Popular escolheu Loki – Arnaldo Batista, de Paulo Henrique Fontenelle, como seu preferido. Outro documentário que saiu vitorioso foi Jards Macalé – Um morcego na porta principal, de Marco Abujamra, co-direção de João Pimentel, ganhador do Prêmio Especial do Juri.

O Troféu Redentor de melhor direção ficou com Matheus Nachtergaele por A Festa da menina morta. Ao subir no palco, o diretor estreante agradeceu cantando a música A Mãe d'Água e a Menina, de Dorival Caymmi. "Apostei que se ganhasse, eu ia cantar", disse Matheus. A Festa da menina morta venceu ainda a categoria de melhor ator pela atuação de Daniel de Oliveira.


O melhor do cinema mundial

Durante os últimos anos, o Festival do Rio ficou conhecido por trazer o melhor do cinema internacional para o Brasil e em 2008 não foi diferente: mais de 60 países estiveram representados no programa do Festival através de aproximadamente 300 filmes. Dos vizinhos da América Latina, o Festival ofereceu ao público 20 filmes que tiveram sua estréia nacional. As mostras internacionais fixas do festival são: Panorama Mundial; Expectativa; Limites e Fronteiras; Mostra Geração; Tesouros da Cinemateca; Dox; Doc Latino; Midnight Movies/ Midnight Songs; Mundo Gay e Pocket Films.

A cada ano, o Festival do Rio se propõe a colocar em destaque a produção de um país em particular. Em 2008, o país em foco foi o Reino Unido, que comemora esse ano 200 anos de relações comerciais com o Brasil. Foram 21 produções britânicas recentes apresentadas durante o festival na mostra Foco Reino Unido. Complementando a mostra, foi exibida uma seleção à parte em homenagem a Derek Jarman, com nove de seus filmes e mais o documentário Derek, de Isaac Julien, sobre a vida e obra do cineasta.

Outras retrospectivas internacionais que integraram o Festival desse ano foram: Fratelli Taviani, que contou com a presença de Paolo Taviani, Arturo Ripstein, que recebeu um prêmio FIPRESCI especial, e Divas Italianas, além de uma mostra especial dedicada aos 100 anos de imigração japonesa. Esta última incluiu os trabalhos recentes de Masahiro Kobayashi, que apresentou cinco de seus filmes em sessões do Festival.

Alguns dos filmes internacionais mais procurados do Festival do Rio 2008 foram: O premiado italiano Gomorra, de Matteo Garrone; o novo filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona; o argentino La Leonera, de Pablo Trapero com Rodrigo Santoro; Call Girl,do português António-Pedro Vasconcelos; Queime depois de Ler, o mais recente dos irmãos Coen, e o coreano midnight O Bom, O Mau e o Bizarro, de Kim Jee-Woon, além do documentário norte-americano Gonzo, de Alex Gibney.







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